Vivemos em uma sociedade ferida por conta do pecado
(Gn. 3.14-17). Ao mesmo tempo a graça de Deus ainda repousa sobre a humanidade.
Há beleza nas coisas criadas e em cada pessoa existe algo bom. Os piores
criminosos podem de repente surpreender com alguma virtude e a pessoa religiosa
e de oração pode surpreender de repente descendo a um nível frio e cruel de
intolerância quando molestada ou atacada em algum ponto vulnerável. Desde cedo
a criança é ensinada a olhar pro lado sombrio e escuro das coisas e pessoas e
não para o belo, para o encorajamento, a alegria. Observamos uma criança de três
anos em sua inquietude. A mãe, a babá, as tias, ou o próprio pai deveriam
transmitir-lhe afeto, segurança e ânimo, mas quando a criança teima em correr
ou a direcionar-se para um lado oposto ao que o adulto queira; essa criança
ouve: “o babau vai te pegar”, “aquele homem vai te carregar”, “Lá vem a bruxa
do 71”. Isso faz a criança ficar insegura e com medo, desconfiada, esse
comportamento se estenderá por toda a sua vida. Reproduzimos o negativo, o
triste, a co-dependência sem nos sentirmos. Filhos de famílias desajustadas
tendem a reproduzir esse modelo em suas casas. É comum filhos de alcoólatras se
unirem à pessoas com tendências ao alcoolismo e isso de forma inconsciente. No
consciente a pessoa abomina tal comportamento, no inconsciente se atrai por
pessoas com dependência alcoólica. A Bíblia ensina que, “sobretudo o que se
deve guardar, guarde o seu coração porque dele procedem as saídas da vida” (Pv.
4.23) e Paulo nos diz que devemos ter o cuidado de filtrar o que se passa em
nossa mente. Pense no melhor “Tudo que for justo, de boa fama, agradável (...) seja
isso que ocupe o vosso pensamento. Não podemos controlar o que vem à nossa
mente mas podemos mudar o pensamento para outra coisa. Canalizar o nosso
esforço, nossa atenção para as coisas do bem. Que tal começarmos a vigiar
nossos pensamentos e canalizarmos nossa mente para a Palavra de Deus? (Rm.
12.1,2). Que tal encorajarmos os pequeninos e orientá-los sem incutir medo e
insegurança? Beliscão, torcer a orelha e infringir dor muitas vezes causa dor,
morte e ferida n’alma. Uma boa conversa e limites junto ao consenso dos pais quanto
à disciplina podem ajudar muito mais. Lembremo-nos, “mente sã, corpo são”. E o
que pensamos de nós mesmos e dos outros é o que reproduzimos em palavras, ações
e atitudes que desemboca nos relacionamentos. Procuremos o equilíbrio no Senhor
e em sua Palavra. Procuremos a cura para nossas feridas. Evitemos reproduzir o
mal que nos fizeram.
Pr. Abrão Secundino
Pr. Abrão Secundino
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