GP - O Espírito Santo e o Dinheiro - Primeira Igreja Batista em Camocim-CE

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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

GP - O Espírito Santo e o Dinheiro


O Espírito Santo e o Dinheiro
Texto Básico:  Atos 5.1-11

INTRODUÇÃO
Toda vez que o Espírito Santo é mencionado na Bíblia, é considerado como Deus. Atributos divinos lhe são aplicados; adoração divina lhe é prestada; obras divinas como a criação, a preservação e a regeneração lhe são atribuídas. Ele é igualado ao Pai e ao Filho, como por exemplo, na forma batismal e na bênção apostólica – Mt 28.19 e 2 Co 13.13. Portanto, o Espírito Santo é Deus.
Em Atos dos Apóstolos, cap. 2 temos o “derramamento” ou o “batismo” do Espírito, que sedimenta a Nova Aliança iniciada por Jesus (Mt 26.28). É o ministério do Espírito (2 Co 3.8). “Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33). Assim, a partir de então, cada cristão se torna uma habitação definitiva de Deus (1 Co 6.19). É impossível alguém ser filho de Deus sem ter o Espírito Santo: “E se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8.9).
Qual é o ensinamento bíblico do Espírito Santo acerca da posição que o dinheiro deve ter na vida do cristão e extensivamente na vida da igreja? A resposta encontramos no livro de Atos.
EXPOSIÇÃO
1.      O ESPÍRITO SANTO É O SENHOR DOS NOSSOS BENS – Sem nenhuma ordem ou mandato, os cristãos de Jerusalém, movidos e dirigidos pelo Espírito Santo, desprendiam-se de suas propriedades e as colocavam à disposição de Deus e dos irmãos. “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum... Portanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade” (At 4.32; 34-35). Com a presença do Espírito, os bens materiais e o dinheiro são valorizados apenas para demonstrar o amor a Deus através da ajuda ao necessitado (1 Jo 3.17).
Em At 4.32-35, temos algumas lições práticas: o Espírito Santo produz a unidade da igreja: “era um coração e a alma” (v.32); tomou posse da vida e dos bens de cada crente: “ninguém considerava exclusivamente sua nenhuma das coisas que possuía” (v.32); despertou a solidariedade e a empatia: “tudo porém, lhes era comum” (v.32); e motivou o ofertar espontâneo e de acordo com as posses de cada um: “porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos” (v. 34-35). A abençoada conseqüência: “pois nenhum necessitado havia entre eles” (v.34).
Se este texto de Atos não é normativo para o cristão hoje, descreve, porém, a certeza de que aqueles irmãos de Jerusalém foram dirigidos pelo Espírito a contribuírem daquela forma. Não muito depois todos foram dispersos (At 8.1) e em anos seguintes Tito, com seu exército, destruiu a cidade de Jerusalém. Então os que possuíam propriedades em Jerusalém, perderam-nas, exceto os que as tinham entesourado nos céus – Mt 6.20.
2.      O ESPIRITO SANTO PRESCINDE DO DINHEIRO – A segunda lição que encontramos em Atos acerca da relação Espírito Santo e o dinheiro, encontra-se no episódio da cura do coxo de nascença – At 3.1-10.
“Não tenho prata nem ouro” informou Pedro ao coxo, que lhe havia pedido uma esmola. Isso significa que apesar dos membros da igreja em Jerusalém depositarem grandes somas aos pés dos apóstolos, eles continuavam pobres. As ofertas eram usadas fielmente para os fins designados pelos ofertantes (At 2.44-45). Naturalmente o coxo deve ter ficado frustrado com a informação de Pedro.
Mas o poder de Deus se manifesta independentemente do dinheiro: Não tenho prata... “mas, o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda!” (v.6). Pedro era pobre de dinheiro, mas estava cheio de riqueza do poder espiritual (Zc 4.6; Cl 2.3; 2 Co 10.4). Esse poder é derramado na vida do coxo e o mesmo é curado.
A lição ensinada é que o Espírito Santo realiza o seu ministério sem precisar do dinheiro. Nem sempre presença e ausência de dinheiro significa presença ou ausência do Espírito Santo.
Conta-se que Tomás de Aquino (Séc. XII) foi visitar o Papa Inocêncio II, sendo recebido de forma suntuosa. O Papa, ocupado em contar grande importância de dinheiro, disse sorrindo: “olha, Tomás, a igreja não diz mais: Não tenho prata nem ouro! Respondeu-lhe imediatamente São Tomás: É verdade, mas também não diz mais: Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda!”. O Papa referia-se ao que considerava grande vitória da igreja; Aquino, ao grande declínio espiritual da igreja.
3.      O ESPÍRITO SANTO JULGA A NOSSA OFERTA – Nem todo dinheiro que ofertamos, à igreja, é sob a inspiração do Espírito. E isto está bem claro quando comparamos a oferta realizada por Barnabé (At 4.36-37) e a oferta realizada por Ananias e Safira. Barnabé possuía uma propriedade, vendeu-a, trouxe o dinheiro e depositou aos pés dos apóstolos. “Mas... (At 5.1) indica que a história seguinte é adversa a anterior. Se Barnabé ofertou motivado pelo Espírito Santo, Ananias e Safira não (At 5.4). Ananias e Safira

trouxeram a oferta e caíram mortos perante a igreja. Qual fora então o pecado? Eles não foram obrigados a venderem os seus bens e nem a ofertar toda a importância levantada (At 5.4). O pecado consistia não em terem ficado com uma parte do dinheiro, mas em dizerem que o valor ofertado era tudo. Em síntese, o pecado da mentira (At 5.3). E o que levou Ananias a praticar esse pecado? Provavelmente foi o desejo de suplantar a oferta realizada pelo outro, Barnabé. Quantas vezes ficamos preocupados na igreja com o que os outros esperam de nós? Quantas vezes ofertamos apenas para aparecermos diante dos homens? Cuidado! As nossas ofertas são julgadas pelo Espírito Santo (veja Mc 12.41-44).
4.      O ESPIRITO SANTO REISTE AO DINHEIRO – Em atos 8.18-25 temos a quarta lição acerca do Espírito Santo e o dinheiro. “Vendo, porém, Simão que, pelo fato de imporem os Apóstolos as mãos, era concedido o Espírito, ofereceu-lhes dinheiro, propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mão receba o Espírito Santo” (v.18-19). Simão queria comprar o poder espiritual para revendê-lo. Ele queria ganhar dinheiro usando o poder do Espírito Santo. A palavra “simonia” originou-se com esse pecado de Simão e quer dizer: Interesse próprio dos que se esforçam para ganhar lucro por meio da obra de Cristo. “Pedro, porém lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgastes adquirir, por meio dele, o dom de Deus” (v.20). O Espírito Santo é o “dom de Deus”. Isto é, um presente imerecido (At 2.38). Não podemos recebê-lo senão exclusivamente através da salvação gratuita em Cristo Jesus (Ef 1.13)

CONCLUSÃO
“Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”, recomenda Paulo (Gl 5.25). Somente o Espírito Santo pode fazer-nos morrer para os caminhos e modos de pensar do mundo. E isto acontece quando somos totalmente dominados por Ele. Deixe que o Espírito Santo se encarregue de guiar a sua vida financeira, pois aos assumir o controle da sua vida, isto envolve também os seus bens.

PONTOS PARA DISCUTIR

1.       Você concorda que o Espírito Santo é Senhor é dos Seus bens?
2.       A prática dos cristãos de Jerusalém em Atos 4.32-35 não se constitui uma norma para nós hoje?
3.       Será que ainda hoje existe a prática da “simonia”? Exemplifique.

Fonte: Lição 03  da Revista Educação Cristã volume IV - SOCEP – pág. 11 à 13.

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