GP - Retidão e Justiça - Primeira Igreja Batista em Camocim-CE

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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

GP - Retidão e Justiça


TEMA → Retidão e Justiça
TÍTULO As virtudes requeridas por Deus em seu povo.

TEXTO → Amós 4.1ss

Quebra-geloO que eu anseio (sonho) para o meu país é que...

INTRODUÇÃO

O livro de Amós talvez seja o mais familiar dentre os livros dos Profetas Menores, não pelos seus detalhes, mas por seu tema: a justiça, e por certas metáforas diretas que apresenta. A figura de Amós, um pastor de ovelhas judeu com uma mensagem forte para Israel apregoada à sombra do templo pagão de Jeroboão, em Betel, tanto nos atrai como demanda nosso respeito. Nesse livro podemos ler, assim como os antigos israelitas puderam ouvir, uma exímia criação literária concedida por Deus, por intermédio de um homem do povo. Mas, o mais importante é que, tendo se passado séculos, lemos e ouvimos a Palavra de Deus soar com a mesma clareza e força.
A contundente preocupação de Deus com a justiça é o principal tema do livro de Amós. Para Deus, a justiça não é uma questão abstrata. Para Ele, a justiça é relacional; promove boas relações entre pessoas e entre grupos de pessoas. A injustiça rompe bons relacionamentos e gera ira, discórdia e violência. Deus criou os seres humanos para gozar de boas relações com Ele e uns com os outros; portanto, a injustiça, que gera todo tipo de estranhamento, parte o coração de Deus.
A nova prosperidade de Israel, após os êxitos de Jeroboão II, devolveu a riqueza às classes sociais mais elevadas. Elas usaram essa riqueza para aumentar seus latifúndios e construir mansões para uso pessoal. Violaram os direitos dos pobres e dos camponeses com propriedades, expulsando muitos deles de suas próprias terras. Segundo as disposições de Deus na aliança mosaica, a classe dos camponeses proprietários de terras fora a base da sociedade israelita. Mas, durante o reinado de Jeroboão, essa classe quase desapareceu. À medida que os ricos enriqueciam cada vez mais, os pobres iam ficando cada vez mais pobres e numerosos; muitos foram vendidos como escravos. A estrutura social israelita estava completamente instável.
O objetivo imediato do ministério profético de Amós era conclamar os líderes do antigo Israel a arrepender-se e mudar. Amós alertou-os de que, se não ouvissem sua advertência, a injustiça deles contra os pobres e indefesos destruiria a nação. Deus não lhes permitiria continuar suas trajetórias perversas e injustas. A única alternativa era arrepender-se ou, então, pagar pelos erros. Não é por acaso que costumamos lembrar Amós mais pelo seu tocante chamado: Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso (Am 5.24).
O livro de Amós recebeu o nome do profeta que proferiu os seus oráculos, Amós era de Tecoa, uma aldeia próxima ao deserto da Judéia, a cerca de oito quilômetros a sudeste de Belém. Devido à inconstância das chuvas, essa área era mais apropriada para a criação de ovelhas e cabras do que para  a agricultura. Amós se intitulava pastor (Am 1.1; 7.14,15). O termo hebraico utilizado indica que Amós não era um pastor contratado, e sim um proprietário de, pelo menos, um rebanho de ovelhas.
Amós também se descreve como cultivador de sincômoros (Am 7.14). A figueira de sicômoros dá centenas de figos muito parecidos como o comum, mas menores e com menos sabor. Para essa fruta amadurecer menores, devia-se perfurar ligeiramente o fundo de sua casca. A fruta devia ser perfurada à mão, uma tarefa tediosa e demorada. Por que Amós era obrigado a cuidar de sicômoros? Judá ocidental, o oásis de Jericó e a baixa Galiléia eram as regiões onde os sicômoros cresciam em maior abundância. Os pastores precisavam levar seus rebanhos a uma dessas regiões no fim do verão, depois que os pastos do deserto ficavam ressecados. Como era a época para espetar o fruto dos sicômoros, os proprietários da terra trocavam a permissão de pastoreio pela mão-de-obra. O pastor podia observar seu rebanho sentado nos fortes ramos do sicômoros, espetando seus frutos. Percebe-se que Amós não era um homem rico. Os pastores ricos contratavam outros pastores para cuidar de seus rebanhos. Amós seguia o seu rebanho pessoalmente (Am 7.15), e quando precisava espetar sicômoros, ele o fazia.
Amós profetizou durante os reinados de Uzias, rei de Judá, e Jeroboão, rei de Israel. Uzias foi rei de Judá de 792 a.C., embora, a partir de mais ou menos 752 a.C., ele tenha contraído lepra e partilhado o trono com seu filho Jotão. Jeroboão II foi rei de Israel de 792 a 753 a.C. Uzias e Jeroboão formaram uma aliança durante boa parte de seus reinados e, juntos, governaram brevemente uma área quase tão grande quanto o império de Davi e Salomão, mas por pouco tempo.
Quando foi escrita, a profecia de Amós foi datada de dois anos antes do terremoto (Am 1.1). É impossível saber de que terremoto se trata, porque não existem outras referências históricas a ele. Mas essa data, juntamente com o diálogo de Amós com Amazias, o sacerdote do templo de Jeroboão em Betel (Am 7.10-17), indica que o período de atividade profética de Amós foi curto, como o  de muitos outros profetas. Amós partiu de Tecoa a Betel, proferiu seus oráculos proféticos e voltou para casa. Deve ter ficado em Betel somente alguns dias. Os oráculos que Amós proferiu devem datar de aproximadamente 755 – 754 a.C. De dois a três anos depois da aparição do profeta em Betel, Jeroboão II morreu, e Israel começou a declinar rapidamente. Dentro de trinta anos, a nação de Israel foi conquistada pelos assírios.

(Fonte: O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento. Ed. Central Gospel. Pag. 1321, 1322)
                                                                     
  PENSE E RESPONDA                   
1.    A quem Amós dirige inicialmente a profecia no cap. 4 usando o termo “vacas de Basã”? (Am. 4.1-3) R – Às mulheres ricas de Israel que embora religiosas, viviam mergulhadas no pecado e vaidades: roupas caras e jóias. Instigavam seus maridos a ter mais dinheiro, levando-os a oprimir os mais pobres, usurpando-lhes os direitos inclusive o próprio salário.
2.    O que Deus rejeitou na vida religiosa daquele povo? (Am 4.4-6) R – O povo cumpria religiosamente com todas as exigências exteriores do culto. Uma bela celebração no Templo mas a vida prática de cada um estava horrível. Havia todo tipo de injustiça de uns para com os outros. A vida com Deus, a comunhão com Deus por parte dos líderes era desprezada. Faltava retidão (caráter espiritual) e justiça. Eles dizimavam, mas o coração não estava na obra de Deus. Cantavam só com a boca, o coração estava longe de Deus.
3.       Quais castigos Deus já tinha mandado para aquele povo por falta de conversão? (Am 4.6-11) R- “Dentes limpos” – falta de pão em todas as cidades (v.6) – Chuvas escassas : falta de água, perda da lavoura, muita chuva numa região e noutra nenhuma(v.7,8). – Pragas de gafanhotos e ferrugem nas folhas das hortaliças e plantas (v.9). – Pragas (v.10). – Mortes violentas de jovens e adolescentes ao ponto da comunidade sentir o mau cheiro dos corpos e do sangue (v.10). – Destruição de comunidades com fogo por conta do pecado e injustiças (v.11).
4.       Deus estava castigando quem? (v.11) R – o povo de Israel, seu povo escolhido.
5.       Qual a ordem de Deus a seu povo? (v.12) R – Prepara-te, para te encontrares com o teu Deus.
6.       Como Deus se apresenta neste texto através da mensagem do profeta? (v.13) R – É ele quem forma os montes; Cria o vento e diz ao homem seu pensamento. Influencia o tempo e a natureza. Se apresenta como o Senhor dos Exércitos.
Como este grupo pode orar por você?

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