TEMA → Retidão e Justiça
TÍTULO
→ As virtudes requeridas por Deus em
seu povo.
TEXTO
→
Amós 4.1ss
Quebra-gelo →O que
eu anseio (sonho) para o meu país é que...
INTRODUÇÃO
O livro de
Amós talvez seja o mais familiar dentre os livros dos Profetas Menores, não
pelos seus detalhes, mas por seu tema: a justiça, e por certas metáforas
diretas que apresenta. A figura de Amós, um pastor de ovelhas judeu com uma
mensagem forte para Israel apregoada à sombra do templo pagão de Jeroboão, em
Betel, tanto nos atrai como demanda nosso respeito. Nesse livro podemos ler,
assim como os antigos israelitas puderam ouvir, uma exímia criação literária
concedida por Deus, por intermédio de um homem do povo. Mas, o mais importante
é que, tendo se passado séculos, lemos e ouvimos a Palavra de Deus soar com a
mesma clareza e força.
A
contundente preocupação de Deus com a justiça é o principal tema do livro de
Amós. Para Deus, a justiça não é uma questão abstrata. Para Ele, a justiça é
relacional; promove boas relações entre pessoas e entre grupos de pessoas. A
injustiça rompe bons relacionamentos e gera ira, discórdia e violência. Deus
criou os seres humanos para gozar de boas relações com Ele e uns com os outros;
portanto, a injustiça, que gera todo tipo de estranhamento, parte o coração de
Deus.
A nova
prosperidade de Israel, após os êxitos de Jeroboão II, devolveu a riqueza às
classes sociais mais elevadas. Elas usaram essa riqueza para aumentar seus
latifúndios e construir mansões para uso pessoal. Violaram os direitos dos
pobres e dos camponeses com propriedades, expulsando muitos deles de suas
próprias terras. Segundo as disposições de Deus na aliança mosaica, a classe
dos camponeses proprietários de terras fora a base da sociedade israelita. Mas,
durante o reinado de Jeroboão, essa classe quase desapareceu. À medida que os
ricos enriqueciam cada vez mais, os pobres iam ficando cada vez mais pobres e
numerosos; muitos foram vendidos como escravos. A estrutura social israelita
estava completamente instável.
O objetivo
imediato do ministério profético de Amós era conclamar os líderes do antigo
Israel a arrepender-se e mudar. Amós alertou-os de que, se não ouvissem sua
advertência, a injustiça deles contra os pobres e indefesos destruiria a nação.
Deus não lhes permitiria continuar suas trajetórias perversas e injustas. A
única alternativa era arrepender-se ou, então, pagar pelos erros. Não é por
acaso que costumamos lembrar Amós mais pelo seu tocante chamado: Corra, porém, o juízo como as águas, e a
justiça, como o ribeiro impetuoso (Am 5.24).
O livro de
Amós recebeu o nome do profeta que proferiu os seus oráculos, Amós era de
Tecoa, uma aldeia próxima ao deserto da Judéia, a cerca de oito quilômetros a
sudeste de Belém. Devido à inconstância das chuvas, essa área era mais
apropriada para a criação de ovelhas e cabras do que para a agricultura. Amós se intitulava pastor (Am 1.1; 7.14,15). O termo
hebraico utilizado indica que Amós não era um pastor contratado, e sim um
proprietário de, pelo menos, um rebanho de ovelhas.
Amós
também se descreve como cultivador de sincômoros (Am 7.14). A figueira de
sicômoros dá centenas de figos muito parecidos como o comum, mas menores e com
menos sabor. Para essa fruta amadurecer menores, devia-se perfurar ligeiramente
o fundo de sua casca. A fruta devia ser perfurada à mão, uma tarefa tediosa e
demorada. Por que Amós era obrigado a cuidar de sicômoros? Judá ocidental, o
oásis de Jericó e a baixa Galiléia eram as regiões onde os sicômoros cresciam
em maior abundância. Os pastores precisavam levar seus rebanhos a uma dessas
regiões no fim do verão, depois que os pastos do deserto ficavam ressecados.
Como era a época para espetar o fruto dos sicômoros, os proprietários da terra
trocavam a permissão de pastoreio pela mão-de-obra. O pastor podia observar seu
rebanho sentado nos fortes ramos do sicômoros, espetando seus frutos.
Percebe-se que Amós não era um homem rico. Os pastores ricos contratavam outros
pastores para cuidar de seus rebanhos. Amós seguia o seu rebanho pessoalmente
(Am 7.15), e quando precisava espetar sicômoros, ele o fazia.
Amós
profetizou durante os reinados de Uzias, rei de Judá, e Jeroboão, rei de
Israel. Uzias foi rei de Judá de 792 a.C., embora, a partir de mais ou menos
752 a.C., ele tenha contraído lepra e partilhado o trono com seu filho Jotão.
Jeroboão II foi rei de Israel de 792 a 753 a.C. Uzias e Jeroboão formaram uma
aliança durante boa parte de seus reinados e, juntos, governaram brevemente uma
área quase tão grande quanto o império de Davi e Salomão, mas por pouco tempo.
Quando foi
escrita, a profecia de Amós foi datada de dois anos antes do terremoto (Am
1.1). É impossível saber de que terremoto se trata, porque não existem outras
referências históricas a ele. Mas essa data, juntamente com o diálogo de Amós
com Amazias, o sacerdote do templo de Jeroboão em Betel (Am 7.10-17), indica
que o período de atividade profética de Amós foi curto, como o de muitos outros profetas. Amós partiu de
Tecoa a Betel, proferiu seus oráculos proféticos e voltou para casa. Deve ter
ficado em Betel somente alguns dias. Os oráculos que Amós proferiu devem datar
de aproximadamente 755 – 754 a.C. De dois a três anos depois da aparição do
profeta em Betel, Jeroboão II morreu, e Israel começou a declinar rapidamente.
Dentro de trinta anos, a nação de Israel foi conquistada pelos assírios.
(Fonte:
O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento. Ed. Central Gospel. Pag. 1321, 1322)
PENSE
E RESPONDA
1.
A
quem Amós dirige inicialmente a profecia no cap. 4 usando o termo “vacas de
Basã”? (Am. 4.1-3) R – Às mulheres ricas de Israel que embora religiosas, viviam
mergulhadas no pecado e vaidades: roupas caras e jóias. Instigavam seus maridos
a ter mais dinheiro, levando-os a oprimir os mais pobres, usurpando-lhes os
direitos inclusive o próprio salário.
2.
O que
Deus rejeitou na vida religiosa daquele povo? (Am 4.4-6) R – O povo cumpria
religiosamente com todas as exigências exteriores do culto. Uma bela celebração
no Templo mas a vida prática de cada um estava horrível. Havia todo tipo de
injustiça de uns para com os outros. A vida com Deus, a comunhão com Deus por
parte dos líderes era desprezada. Faltava retidão (caráter espiritual) e
justiça. Eles dizimavam, mas o coração não estava na obra de Deus. Cantavam só
com a boca, o coração estava longe de Deus.
3.
Quais
castigos Deus já tinha mandado para aquele povo por falta de conversão? (Am 4.6-11) R- “Dentes limpos” – falta de pão em todas as
cidades (v.6) – Chuvas escassas : falta de água, perda da lavoura, muita chuva
numa região e noutra nenhuma(v.7,8). – Pragas de gafanhotos e ferrugem nas
folhas das hortaliças e plantas (v.9). – Pragas (v.10). – Mortes violentas de
jovens e adolescentes ao ponto da comunidade sentir o mau cheiro dos corpos e
do sangue (v.10). – Destruição de comunidades com fogo por conta do pecado e
injustiças (v.11).
4.
Deus
estava castigando quem? (v.11) R – o povo de Israel, seu povo escolhido.
5.
Qual
a ordem de Deus a seu povo? (v.12) R – Prepara-te, para te encontrares com o teu
Deus.
6.
Como
Deus se apresenta neste texto através da mensagem do profeta? (v.13) R – É
ele quem forma os montes; Cria o vento e diz ao homem seu pensamento.
Influencia o tempo e a natureza. Se apresenta como o Senhor dos Exércitos.
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