TEMA →Dinheiro para a Igreja
TÍTULO→Riquezas
Reflexas
TEXTO→1 Crônicas 29.1-9
INTRODUÇÃO
Tudo o que fazemos haverá de ser aquilatado, medido,
primeiro pelo amor que nos impulsiona e segundo pelo objeto da nossa
ação.Podemos fazer grandes coisas sem amor, mas nenhum ato será pequeno se
feito com amor.
Quando a Rainha de Sabá visitou o Rei Salomão,
levou-lhe ouro. Se ao Rei dá-se o ouro, a Deus dá-se a vida. Entretanto, se ao
dar o ouro, pode-se ficar com vida, ao dar-se a vida não se fica com nada.A
raiz do problema da falta de se dar a Deus alguma coisa, dízimos ou ofertas, se
explica por aqui: não se lhe deu ainda, a vida.
Dos macedônios, diz Paulo, que muitos deram, mesmo na
pobreza, porque tinham“se dado primeiro ao Senhor”.
No texto lido, Davi recolhe as ofertas para a
construção do Templo. Ele quis deixar tudo pronto para queseu filho Salomão
construísse a casa do Senhor.
A razão para tanto empenho é explicada pelo patriarca:
“Salomão ainda é moço e inexperiente, e esta obra é grande, porque o Palácio
não é para homens mas para o Senhor Deus”.Ao ler o texto, me vem a mente que os
nossos atos refletem o nosso coração. Só um grande homem faz grandes coisas. “A
obra é grande” diz o Rei Davi. Se toda aquela riqueza, aquela glória era
revelada, era porque a riqueza externa revelava a riqueza interna dos corações
dos crentes. Sem dúvida, dar nem sempre é um ato do bolso. Não dar jamais será
resultado de pobreza não material, mas espiritual. Quando o coração é rico, a dádiva sai.
EXPOSIÇÃO
Deste modo vemos as RIQUEZAS REFLEXAS.
Era grande a obra, e grande os corações que iriam
fazê-la, pois a contribuição cristã exige;
1.
Forças – “Eu, pois, com todas as minhas forças já
preparei para a Casa do Senhor (...) tudo em abundância” (29.2). Amarás o
Senhor teu Deus com todas as tuas forças...
Muitos amam o Senhor com a mente, com os lábios, mas
esquecem que devemos amá-lo com a força.
Não fazem esforço para Deus e sua obra. Certa vez Davi foi comprar a Eira de
Onã e ele não queria cobrar de Davi. Mas era para construir ali para Deus. E
Davi disse: “dá-me o preço, pois não darei ao Senhor o que não me custe nada”.
Fazer forças para servir ao Senhor é o que hoje tem sido raro – não tenho
tempo,não tenho forças, estou cansado – é preciso forças para servir ao Senhor
– “com todas as minhas forças (...) tudo em abundância”. Quando colocamos as
forças, a abundância é evidente, mas naqueles ricos corações havia:
2.
Amor – “Porque amo a casa de meu Deus, o ouro e a prata
particular que tenho dou para a casa de meu Deus” (29.3). Para servir ao Senhor é necessário, além das forças, o
Amor. É o grande motivo do serviço, da vida do crente. Davi amava a casa do seu
Deus e por isso ele deu o depósito que possuía. Ele deu o melhor que possuía. É
o amor a suprema motivação de nossos atos.Concordo com alguém que disse que a
dádiva é a medida do amor, pois, o tamanho do presente é sempre proporcional ao
tamanho do amor. Porque amo a casa de meu Deus não me canso de contemplá-la, de
desejar vê-la linda, de procurar dar tudo de mim por ela. Deus amou e deu seu
filho unigênito. O crente só pode amar dando-se a Deus, entregando sua vida.
Esta grande obra exige amor. E amor é sacrifício, é sofrimento, é renuncia, é
entrega.
3.
Disposição – “Quem, pois, está disposto a fazer
ofertas hoje, liberalmente ao Senhor? (29.5)
Para a obra de Deus, grande como é, deverá haver
disposição. Mas outra riqueza havia naqueles corações. Muitos confundem vontade
com disposição, boa intenção com disposição. Achei interessante uma propaganda
de um palhaço que chorava pelas “outras crianças pobres”. O alvo das lágrimas
do palhaço era comover as pessoas para um Fundo em prol de crianças, há pessoas
cujo amor é tão lerdo, tão nanico, que as disposições de sua bondade, seu amor
só é movido a lágrimas – por isso Paulo disse: “não contribuindo por
necessidade ou com tristeza, pois Deus ama a quem dá com alegria...” Oh! Como
os corações dispostos são alegres na dádiva, não necessitam de pressão, choros,
emoções extras – mas o amor os torna ativos, prontos. Disposição só existe no
coração do crente.
Este riquezas reflexas mostram:
4.
Alegria – “O povo se alegrou” (29.9).Fazer a coisa
com alegria é muito diferente. Diz a Bíblia que Deus ama a quem dá com alegria.
Dar é uma coisa, mas dar com alegria é outra! E as mulheres, mestras em
receber, sabem mais que nós... Alegria é o calor da dádiva. Uma dádiva fria não
é oferta é afronta. Dar sem alegria não é dar, é defraudar, é ofender. “O povo
se alegrou”. Que calor tem o esposo quando compra, para a esposa, um aparelho
novo! Que alegria tem o namorado ao
presentear sua namorada! O sorriso do recebimento é
como combustível ao fogo da alegria de quem doa. Diz a Bíblia que Jesus se
alegrava ao receber dádivas dos seus: “Servi ao Senhor com alegria”.
Nas riquezas reflexas, o coração tem:
5.
Sinceridade – “Na sinceridade do meu coração, dei
todas estas coisas” (29.17).
A obra é grande, exige sinceridade. Deus vê o coração.
É comum, no mundo, muitos adoradores virem ao templo exibir moda. Deus exige
sinceridade. É a Deus quem cultuamos, não é ao homem. Não é às coisas. Não é a
nós, mas ao Senhor. Deus vê. Ele exige a sinceridade – condena a hipocrisia.
Não se deve dar só para
não ficar de fora – é preciso ter o coração sincero,
coração íntegro, não se enganar, não enganar os outros. Nosso culto deve sair
do âmago.Não basta o corpo presente, mas é necessário o coração atento. Não
basta o escutar com ouvidos, mas ouvir com o coração, desejar mudar e servir.
Devemos ter nossos corações sinceros ao servirmos ao Senhor.Nas riquezas destes
corações havia:
6.
Liberalidade -“De coração íntegro deram eles
liberalmente ao Senhor” (29.9)
Liberal é o contrário de avarento. Liberalidade é
largura, é não medir, não ser do conta-gotas. É servir com tudo. Foi a virtude
da viúva que Jesus ressaltou – deu todo o seu sustento. O liberal mostra fé,
mostra amor, mostra disposição. O amor rasga o coração – Deus é pródigo na
liberalidade. Tudo ele faz com abundância. As limitações são sempre resultantes
de nossa humanidade e pequenez – se mais não temos, é porque mais não damos.Que
semeia com abundância, com fartura colherá.
CONCLUSÃO
As RIQUEZAS REFLEXAS nos mostram:
O empenho de nossas forças. A grandeza de nosso amor.
A disposição de nossa vontade. A
alegria de nossa entrega. A sinceridade de nosso serviço. A liberalidade dos nossos talentos.
Provemos nosso amor e a grandeza de nosso Deus. Nosso
Deus é grande e maravilhoso. Demos-lhe nossas vidas. Tragamos-lhe ofertas para
o seu templo.
PONTOS
PARA DISCUTIR
1 – “ O
Homem é rico pelo que dá e não pelo que recebe”
2 – “Mas
deram-se a si mesmos, primeiro ao Senhor...” (2Co 8.5). O que isso significa?
3 – Qual
deve ser a motivação do nosso serviço?
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